Um convênio assinado entre a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), a Fundação Patronato Lima Drummond e a Cruz Vermelha passou a disponibilizar a partir da última segunda-feira (10) atendimento psicológico para apenados dependentes químicos acolhidos no Patronato Lima Drummond.
A iniciativa integra atividades do projeto Restaurando Trajetórias, cuja previsão de término será em 10 de março de 2017.Equipe da Cruz Vermelha, Fundação Patronato Lima Drummond e Susepe durante assinatura do convênio |
Susepe, Cruz Vermelha e Fundação Patronato Lima Drummond na luta contra a dependência química de apenados
Foto de Neiva Motta
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A diretora do Departamento de Tratamento Penal, Mara Minotto, reiterou que o projeto é um enfrentamento a realidade problemática da dependência química. "Na prática, trata-se de uma excelente ação que desestimula o círculo vicioso das drogas, já que a maioria das prisões dos jovens é fruto do envolvimento com o tráfico”, disse.
De acordo com Lacorte, a Cruz Vermelha está vindo para o interior do ambiente prisional um trabalho efetivo contra a dependência química. O presidente da Fundação pediu aos apenados que aproveitem a oportunidade do tratamento, que é totalmente gratuito a eles.
"Vamos fazer nossa parte e vocês devem tentar sair dessa. Um grande número de pessoas podem não conseguir se livrar das drogas. No entanto, se afastarmos, definitivamente, um ou dois, já teremos atingido nosso objetivo. Mas tenho certeza de que vamos ter um resultado muito maior que um, por que acompanho vocês e vejo o esforço do cumprimento de pena com responsabilidade e de forma pacífica", falou Lacorte.
A Fundação
A Fundação, idealizadora do projeto, vai disponibilizar espaço físico para execução dos atendimentos, que serão desenvolvidos por um equipe de especialistas da Cruz Vermelha e coordenado pela Susepe. Com duração de seis meses, a previsão de término é para 10 de março de 2017 e vai acontecer todas às segundas-feiras, durante três horas.
O Patronato
Na oportunidade, a diretora do Patronato Lima Drummond, Maria Felippeto, pediu colaboração aos apenados no sentido de tratarem a iniciativa com comprometimento. A listagem dos internos indicados ao projeto será feito pelo Patronato. "Vamos comunicar ao juízo da Vara das Execuções Criminais a relação dos internos ligados ao projeto da dependência química ", informou Felippeto.
A equipe técnica da Susepe integrada neste projeto é composta pela assistente social da Susepe, Cintia Estigarribia e pela psicóloga Maria Astarita Soirefmann. A ação vai ser coordenada pela psicóloga e conselheira da Fundação, Eloisa Pitrez que vai elaborar um relatório e, ao fim do projeto emitirá seu "feed back" sobre os resultados. Caberá a ela também acompanhar e avaliar o projeto em todas as fases de sua execução junto a Cruz Vermelha.
O serviço contempla também acompanhamento para dependentes químicos e seus familiares, que será executado pelas técnicas da Susepe, a psicóloga Maria Astarita e pela assistente social, Cintia Estigarribia.
A Cruz Vermelha
A Cruz Vermelha deverá executar o convênio conforme plano de trabalho e repassar o pró-labores das respectivas técnicas. Também vai apresentar ao final do convênio prestação de contas dos recursos recebidos.
Quanto as ações pela Cruz Vermelha, os serviços serão desenvolvidos pela assistente social Marlene Soso e a psicóloga Letícia Rodrigues. Conforme as profissionais,o projeto é piloto e vai atender até 40 apenados do Patronato. "Vamos trabalhar com grupos terapêutico , motivacional , psicoeducação , aplicando a terapia comunitária", pontuou Letícia.
Neiva Motta
Imprensa Susepe